quinta-feira, 16 de abril de 2009
O STREET EM NATAL-PARTE 2

Da esquerda p/ direita: Daniel, Vladimir Blockhead, Formiga, Franklin, Renildo, Igor, Paulo Playboy, Léo e Jameson em um japan plant. Quadra do disco voador. 1989.
Jameson fotografado por seu Jaime (Pai), no interior de Pernambuco. Acid drop no seu primeiro skate.
A partir desse período, que se passou entre, 1986 e 1987, Jamesom passa a ser o primeiro street skater do RN. Embora praticamente só, com sua dedicação e facilidade para aprender manobras, atinge um excelente nível no street, vence os principais campeonatos da época e planta a semente de uma real cena de street na cidade.
Jameson em uma das tricks que o ajudou a sagrar-se campeão norte/nordeste em 1987. One footed. Quadra do bowl da vola da Jurema. Fortal.-CE
No inicio de 1988, o espaço no Aero Clube onde funcionava o Flying Rollers (complexo com bowl e ringue de patinação, que funcionou de 1985 a 1987), continuava sem utilidade para o clube, porém, o bowlzão e a quadra onde funcionava o ringue de patinação que tinha um corner e obstáculos naturais como escadas, paredes, pneus e traves, continuavam lá. A galera se juntava e dava uma “força” pro vigia, que liberava o local pras seções. Mais uma vez, o local era berço e testemunha de uma outra fase do skate Potiguar. Ali, alguns pioneiros como Wendel Leite, James Brilhante, Jameson, Ivan Zanoni, Eduardo Monga e Paulo Playboy se reuniam para sessions de street na quadra e de lá saiam para andar em uma jump na rua Alberto Maranhão, quadra da praça Augusto Leite e centro da cidade.
Franklin Em um acid drop no muro da quadra do Aero Club. 1990.
Evandro topogigio mandava bem nos melancolies
Passado alguns meses, mais e mais skatistas de vários bairros chegavam e se juntavam aos locais. Alecrim, Cidade Jardim, Morro Branco, Cidade da Esperança, Ponta Negra, Tirol, Lagoa Seca, Cidade Jardim e Candelária Eram os bairros com maior número de praticantes. Boa parte dos que chegavam ao clube, vinham pra andar no bowl, munidos de equipamentos de proteção, mas logo foram abandonando o vert e se rendendo ao street skate.
No inicio dos 90, o membro da crew da Cidade da Esperança, Claudemir Kbcinha, começa a se destacar. One footed.
O técnico Alberto Tibúrcio, o Tiburcinho, com certeza faria pare do grupo dos melhores de todos os tempos do street potiguar. Melon.
Com um número considerável de streeteiros, estava formada a cena street e vários picos de rua surgiam em diversos bairros de Natal. Praça André de Albuquerque no centro (Praça vermelha, Batizada pelos skatistas, virou segundo nome do local), que na sua primeira versão tinha dois coretos com escadarias e bancos de concreto de diversas alturas, Condomínio Parque das Serras, Quadra de Candelária, jump do inicio da Av. Afonso Pena, Praça de eventos do Campus Universitário, jump do anel viário do campus e jump da Av. Rui Barbosa foram os primeiros picos de street da cidade que junto as incansáveis e intermináveis sessions na rua, ajudaram a disseminar a modalidade.
O inovador Douglas "Homen Aranha" em um rock slide stale fish, uma novidade na época. Quadra do condomínio parque das serras. 1989.
Paulo Playboy. FS Rock'n roll no Batman de street skate.1989
Essa transição do parque das serras ficava em uma das quinas da quadra, com isso, logo depois foi transformada em um corner. Jameson em um rock'n roll. 1989
Com street skate consolidado em Natal, cada vez mais novos praticantes surgiam e juntamente com eles a ASKN (Associação de skate Norte-Riograndense), que tinha Ilzeli Confessor e João Carvalho à frente. Com todo esse fomento, o bolo cresceu cada vez mais e por volta de 1993, picos como Pão de Açúcar (Nova Descoberta), Banco do Brasil (Centro), Quadra da Cidade da Esperança e Circo da Folia se juntavam aos antigos e trazia sangue novo à cena. Surgia ali nomes como Lúcio Ceguinho, Robertinho Cavalcanti, Rafael Magei, Alberto Tiburcinho, Rodrigo Taboquinha, Salomão Dantas, Sergio Morcêgo, Eric “cara de égua”,Charles Andrade e Rubens Targino, entre vários outros, juntando-se aos pioneiros que ainda estavam na ativa e assim “seguraram a onda” em Natal, no período de baixa do skate no Brasil, que duraria mais uns 5 anos.
Frederico Didico contorcia o máximo. Etapa da ASKN na praça cívica. Mosquit air com aval de Claudionor Kbça.
George Punk , era o mascote da galera e jogado até o talo!
Desde o inicio, passando pelos períodos de alta e baixa, o street skate Natalense foi composto por skatistas de excelente nível que representaram muito bem o RN pelo nordeste e teve seu ápice com Lúcio Ceguinho representando (muito bem!), o estado na categoria profissional. Muitos ficaram pelo caminho, mas alguns guerreiros do inicio como Franklin Roosevelt, Paulo “Negão”, Claudio “Claybom”, Paulo “Costeleta”, Claudionor “Kbça”, Jameson ‘Moleza”, Claudemir “Kbçinha”, Paulo Playboy, Wendel Leite, Zé Mário “Soneca”, João “Popeye”, Rodrigo “Rovica”, Eduardo “Monga”, Sergio Leite, Eduardo “Banana”, Gil “Dedola” alem dos (esses sim!) incansáveis Tercilio Albano e Ilzeli Confessor, continuam com muito skate na veia e estão ai até hoje ajudando direta e/ou indiretamente a perpetuar o lifestyle que escolheram.
O Cearense Charles Reginaldo (pro skater) era um cidadão Natalense, pois sempre aparecia para sessions e champs na cidade. Rock slide vindo da jump em um evento em frente ao palácio dos esportes.
Matéria no jornal sobre street skate, modalidade que estava nascendo na cidade. Na foto, da esquerda p/ direita; James, Ivan Zanoni, Wendel Leite e Jameson.
SKATEBOARD SEMPRE!
STREET AND DESTROY!
Ps: Além dos citados na matéria, vale lembrar toda uma galera que fez parte dos pioneiros importantes da história do street no RN como: Dalmário, Bira, Igor Yuri, Marcilio, , Didico, Jeff, Marcelo Anderson, Paulo Neguinho, Marquinhos Nordestão, Junior de Cidade Jardim, Eric, Paulinho “Canadá” Henrique, Leo “mochila”, Diego, Glauber, Filemon, Marcelo “Macau”, Daniel Dentinho, Dui, Fernando Leite, Gauber Our Style, Diego, Evandro “Topogigio”, Anderson Formiga, Samir Sapo, Samir “Leitinho”, Flávio “Chorão” e os irmãos que já não estão entre nós Temistinho e Roque Neto.
6 Responses to “ O STREET EM NATAL-PARTE 2 ”
20 de abril de 2009 às 05:50
Parabéns pelo resgate e publicação da história do skate potiguar da sua melhor época.
Também tenho ótimas lembranças das sessions no Parque das Serras, calçadas da escola e fábrica da Guararapes e das sessions noturnas com a galera instigada saindo da ETFERN até o centro de Natal, voltando pelo Alecrim.
Tempo bom de skate era, quando nos sábados iamos para a Opeste pela manhã e ficavamos babando com os shapes Life Style, Urgh, os gringos, rodas Narina, Anarquia, Bullet, truck Independet, as roupas iradas... A tarde, logo após o almoço, nos encontravamos no parque e depois saiamos no street até o Aéreo, entravamos escondidos pelas quadras de tênis e pulavamos o muro para a quadra e o bowl (quantas vacas minhas), depois iamos de ônibus para o half do "castelão" olhar "os caras" andando, ao ruido dos motores e sentindo cheiro do combustível dos karts ao lado da pista.
Essa fase da minha vida foi muito massa, bacana de verdade e que contribuiu e muito para meus pensamentos, alvos e estilo de vida.
Agradeço a Deus por ter vivido e andado de skate em dias que o que importava era o skate por diversão. Valeu! Tudo de bom e sucesso.
21 de abril de 2009 às 08:37
Esse Blog é a melhor coisa surgida nos ultimos tempos no skate potiguar, Parabéns a todos que não medem esforços pra manter viva a chama desse lifestyle, que conhecendo o passado a nova geração viva o skate com responsabilidade. fuck the posers!!!!! skt 4 ever !!!
22 de abril de 2009 às 19:33
Caro amigo Paulo, voltei no tempo,tempo de skate no pé e asfalto na frente,e muita session. + é isso! sk8 4 ever! parabens man!assin:Paulo Pereira da Costa(Paulo Negão)
26 de março de 2011 às 23:05
e aí paulo, sou de fortaleza, morava atrás do half-pipe da drop lip.Tive até aulas de vert com o monstro, meu nome é Leco. Andava principalmente de street, j´å fiz umas session com o franklin, jameson, boberinha(um dos melhores que já vi), ilzeli, e outros que nnao lembro o nome. Os caras que andavam comigo eram o ganso (já ganhou um iniciante de vert. no half de natal) o piolho que fez fama no street nordestino( o piolho hj em dia é do exército americano, acho que mora no awaii) Pois é, n˜øå acreditei quando vi isso, ainda tenho contato com o gato, as vezes quando vou em fortleza e mais esporadicamente quando vou no bowl, ele sempre tá por lá. Bem amigo , nostalgia à mil. Por onde anda o jameson? ainda anda?
Grande abraço
27 de março de 2011 às 11:03
Fala Leco!
Ganso, Baleia, Aritana, Piolho...Todos esses caras eram chegados nosso. Muitas sessions fizemos! Jameson não anda mais devido ao Joelho, mas, sempre acompanha o skate. Temos contato sempre.
Abração!!
10 de janeiro de 2012 às 21:11
Salvo alguns lapsos de memória de alguns nomes da galera, tá tudo em ordem!
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